A marcha no contexto do autismo refere-se ao padrão de caminhada e às habilidades motoras relacionadas ao movimento de andar em indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
A marcha pode ser afetada de várias maneiras em pessoas com autismo, devido a fatores como atrasos no desenvolvimento motor, desafios na coordenação, alterações sensoriais e diferenças na percepção e processamento das informações do ambiente.
Alguns indivíduos com autismo podem apresentar diferenças sutis ou atípicas no padrão de caminhada em relação às pessoas neurotípicas.
Essas diferenças podem incluir alterações na postura, no equilíbrio, na coordenação dos membros inferiores e na forma de se mover.
Alguns exemplos podem ser uma postura rígida, passos descoordenados, dificuldades em manter o equilíbrio ou alterações na cadência e na velocidade da caminhada.
É importante ressaltar que a marcha no autismo pode variar amplamente de uma pessoa para outra. Algumas pessoas com autismo podem apresentar uma marcha aparentemente típica, enquanto outras podem ter dificuldades significativas na locomoção.
Essas diferenças podem ser influenciadas por fatores como o nível de funcionamento motor, o grau de comprometimento sensorial, a presença de comorbidades ou a presença de outras dificuldades motoras associadas.
A intervenção para melhorar a marcha no autismo pode envolver diferentes estratégias e abordagens, dependendo das necessidades individuais da pessoa. Alguns aspectos que podem ser considerados na intervenção incluem:
Avaliação e diagnóstico: Uma avaliação completa das habilidades motoras, equilíbrio, coordenação e marcha deve ser realizada por profissionais especializados, como fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais. Essa avaliação ajudará a identificar as áreas que necessitam de intervenção e a determinar a melhor abordagem terapêutica.
Estimulação e fortalecimento muscular: Exercícios e atividades que visam fortalecer os músculos das pernas e melhorar a coordenação podem ser implementados. Isso pode incluir exercícios de fortalecimento, alongamentos, treinamento de equilíbrio e coordenação, além de atividades que trabalham a propriocepção (consciência do corpo no espaço) e a sensibilidade tátil.
Intervenção em habilidades motoras: Estratégias específicas podem ser utilizadas para melhorar habilidades motoras específicas relacionadas à marcha, como o ajuste da postura, o alinhamento adequado dos membros inferiores, a coordenação dos movimentos dos braços e a melhoria do equilíbrio dinâmico.
Integração sensorial: Considerando que muitas pessoas com autismo têm sensibilidades sensoriais aumentadas ou diminuídas, a intervenção pode envolver estratégias de integração sensorial.
Isso inclui a criação de um ambiente sensorialmente adequado, o uso de estímulos táteis, proprioceptivos e vestibulares durante as atividades terapêuticas, e o desenvolvimento de estratégias de regulação sensorial.
