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Entenda quais são as Funções do Flapping no Autismo

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O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio neurodesenvolvimento que se manifesta de maneira única em cada indivíduo.

Entre os comportamentos característicos desse transtorno, o “flapping” é uma das expressões mais notáveis e distintivas.

Esse comportamento, que envolve movimentos repetitivos das mãos, punhos ou braços, tem sido objeto de estudo e debate em relação às suas funções e significados no contexto do autismo.

Neste texto, exploraremos as diversas funções do flapping no autismo, analisando como ele desempenha papéis importantes na vida das pessoas com TEA e como a compreensão dessas funções é fundamental para uma abordagem mais empática e inclusiva.

  1. Autorregulação Sensorial e Emocional

    Uma das funções mais significativas do flapping no autismo é a autorregulação sensorial e emocional. Muitas pessoas com TEA têm diferenças na forma como processam estímulos sensoriais. Alguns são hiperreativos a certos estímulos, enquanto outros são hiporreativos. O flapping pode servir como uma estratégia de autorregulação para lidar com essas diferenças sensoriais.

    • Hiper-reatividade Sensorial: Indivíduos que são sensíveis a estímulos sensoriais intensos podem usar o flapping como uma forma de redirecionar sua atenção e acalmar a sobrecarga sensorial. Os movimentos repetitivos podem ajudar a criar um senso de controle em meio a um ambiente sensorial avassalador.
    • Hipor-reatividade Sensorial: Pessoas, com dificuldade em sentir estímulos sensoriais leves podem recorrer ao flapping como uma maneira de aumentar a sensação em seus membros, proporcionando um estímulo sensorial reconfortante.

    Além disso, o flapping pode ser uma estratégia de autorregulação emocional. Quando uma pessoa com autismo experimenta emoções intensas, como ansiedade, excitação ou frustração, o ato de balançar as mãos ou os braços pode ajudar a liberar essa tensão emocional. É uma maneira de expressar emoções quando a comunicação verbal pode ser desafiadora.

  2. Comunicação Não Verbal

    Para algumas pessoas com autismo, o flapping funciona como uma forma de comunicação não verbal. Embora o flapping em si possa não ser facilmente compreendido por observadores externos, ele pode ter significados claros para a pessoa que o está executando e para aqueles que conhecem o indivíduo de perto.

    • Expressão de Emoções: O flapping pode ser usado para expressar alegria, empolgação, felicidade ou entusiasmo. É importante que familiares, amigos e profissionais estejam atentos a esses sinais e saibam como interpretá-los.
    • Solicitação ou Recusa: Em alguns casos, o flapping pode ser uma maneira de indicar preferências ou fazer solicitações.
    • Por exemplo, uma criança com autismo pode balançar as mãos quando deseja algo específico, como um brinquedo ou comida.
    • Sinal de Desconforto: O flapping também pode indicar desconforto, ansiedade ou sobrecarga sensorial. É importante prestar atenção ao contexto e ao comportamento geral da pessoa para entender o que o flapping está comunicando.
  3. Redução do Estresse e Ansiedade

    Para muitas pessoas com autismo, o flapping desempenha um papel fundamental na redução do estresse e da ansiedade. Quando enfrentam situações desafiadoras ou desconhecidas, o flapping pode servir como uma estratégia de enfrentamento.

    • Calming Sensation: Os movimentos repetitivos do flapping podem criar uma sensação calmante, que ajuda a reduzir a ansiedade e a restaurar um senso de equilíbrio.
    • Foco e Concentração: Em alguns casos, o flapping pode ser uma maneira de se concentrar em uma tarefa ou atividade. Pode ajudar a bloquear distrações sensoriais e manter a atenção em uma atividade específica.
  4. Autonomia e Autenticidade

    Respeitar o flapping como um comportamento autêntico é essencial para promover a autonomia e a dignidade das pessoas com autismo. Negar ou suprimir o flapping pode ser prejudicial e alienante. A aceitação do autismo como parte da diversidade humana é fundamental para a construção de uma sociedade inclusiva e respeitosa.

    • Respeito à Autonomia: Permitir que as pessoas com autismo expressem seus comportamentos autênticos, incluindo o flapping, é um passo crucial para respeitar sua autonomia.
    • Fomentar a Aceitação: A sociedade deve trabalhar para aumentar a aceitação do autismo e reconhecer a importância de permitir que as pessoas sejam elas mesmas.
    • Promover a Diversidade: O autismo é uma forma legítima de neurodiversidade. Aceitar e respeitar essa diversidade é essencial para uma sociedade mais inclusiva.
  5. Conclusão

    O flapping no autismo é um comportamento complexo que desempenha funções multifacetadas na vida das pessoas com TEA.

  6. Essas funções incluem autorregulação sensorial e emocional, comunicação não verbal, redução do estresse e ansiedade, bem como a promoção da autonomia e autenticidade.
  7. É crucial que a sociedade compreenda e respeite o flapping como uma parte intrínseca da identidade das pessoas com autismo. Ao fazê-lo, podemos criar ambientes mais inclusivos, promover a aceitação do autismo e respeitar a diversidade humana em toda a sua riqueza.

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