Você já se pegou tão focado em algo que o resto do mundo pareceu desaparecer? Pois é, isso é o que chamamos de hiperfoco, e ele é super comum em pessoas com autismo. Mas vamos por partes: o que é exatamente, como ele funciona e como podemos transformar isso em uma vantagem?
O que é esse tal de hiperfoco?
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Pensa naquele momento em que você está tão mergulhado em um jogo, numa série ou até lendo sobre um tema super específico, que você nem vê a hora passar. No autismo, essa “imersão total” acontece com muita frequência, só que com um nível de intensidade um pouco maior. Quando alguém está no espectro autista e tem um hiperfoco, isso significa que eles podem se concentrar profundamente em um assunto ou atividade por horas (ou até dias), e nada, absolutamente nada, tira a atenção deles.
Essa concentração extrema pode ser sobre qualquer coisa: programação, trens, história medieval, astronomia… Se é interessante para a pessoa, ela vai fundo de verdade!
Por que isso acontece?
O cérebro de quem está no espectro autista processa informações de um jeito um pouco diferente, o que facilita essa habilidade de focar muito em uma coisa só. Para muitas pessoas, esse foco total também é uma maneira de lidar com o mundo ao redor, que pode ser cheio de distrações ou coisas desconfortáveis. Enquanto estão hiperfocados, elas conseguem se desligar de tudo isso e mergulhar no que realmente importa para elas.
O lado complicado do hiperfoco
Claro, como quase tudo na vida, o hiperfoco também tem seus desafios. Imagine estar tão imerso em algo que você esquece de comer, de tomar banho ou até de responder mensagens importantes. Não é por mal, é só que o foco está completamente em outro lugar.
Aqui estão alguns perrengues que podem rolar:
- Interrupções: Tentar falar com alguém durante o hiperfoco pode ser frustrante, tanto para quem está tentando interromper quanto para quem está focado. A pessoa pode nem perceber que você está ali.
- Equilíbrio: Quando o foco está numa coisa só, outras atividades acabam ficando de lado, tipo cuidar da casa, ir ao trabalho ou estudar para uma prova.
Como aproveitar o hiperfoco a seu favor?
A boa notícia é que, com um pouquinho de planejamento, dá pra fazer o hiperfoco trabalhar a seu favor! Aqui vão algumas dicas para ajudar nesse processo:
- Crie uma rotina: Ajuda muito se a pessoa souber que vai ter tempo específico para se dedicar ao que ama. Organizar uma rotina com horários bem definidos permite que ela foque sem culpa, sabendo que não vai esquecer das outras coisas importantes.
- Use alarmes e lembretes: Colocar alarmes para lembrar de parar e fazer outras coisas (tipo almoçar!) é super útil. Assim, você não se perde nas horas e consegue voltar ao que estava fazendo sem comprometer o restante do dia.
- Conte com a ajuda de quem está por perto: Se a pessoa vive com a família ou amigos, pedir ajuda para estabelecer limites saudáveis pode ser uma ótima ideia. Um lembrete gentil ou um apoio para gerenciar o tempo faz toda a diferença.
- Transforme em algo produtivo: E que tal transformar o hiperfoco em uma carreira? Muitas pessoas autistas já conseguiram transformar suas paixões em profissões incríveis, como desenvolvedores de software, artistas, pesquisadores… As possibilidades são inúmeras!
Conclusão: Hiperfoco é superpoder!
O hiperfoco pode parecer uma barreira, mas com a abordagem certa, ele se torna uma verdadeira ferramenta. Se entendermos o valor desse tipo de concentração, conseguimos ver como ele pode ser uma vantagem, tanto na vida pessoal quanto profissional.
Então, se você conhece alguém com hiperfoco ou até vive isso na pele, saiba que é um superpoder esperando para ser aproveitado ao máximo!
Compartilha aí nos comentários: você já teve uma experiência com hiperfoco? Como foi?