O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem ganhado destaque no Brasil devido ao aumento expressivo no número de diagnósticos nos últimos anos. Segundo estimativas, o TEA pode afetar cerca de 6 milhões de brasileiros. Esse crescimento reflete tanto uma maior conscientização da população quanto mudanças nos critérios diagnósticos.
Vários fatores explicam o aumento nos diagnósticos de autismo no Brasil. Confira os principais:
Com a atualização do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), condições como a Síndrome de Asperger e o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento foram incluídas dentro do espectro autista. Isso ampliou a abrangência do diagnóstico, aumentando os números oficiais.
Campanhas de conscientização e o aumento de informações sobre TEA na mídia e entre profissionais de saúde têm levado mais famílias a buscarem avaliação para seus filhos.
Embora o acesso ao diagnóstico ainda seja um desafio, a formação de mais profissionais especializados tem permitido que mais crianças e adultos sejam diagnosticados corretamente.
De acordo com o Censo Escolar de 2023, o número de estudantes com TEA matriculados em escolas cresceu 48% entre 2022 e 2023, totalizando 636 mil alunos. Esse dado é um reflexo da crescente inclusão escolar e também do aumento no reconhecimento do transtorno.
Além disso, o estudo "Retratos do Autismo no Brasil em 2023" mostrou um panorama detalhado do TEA no país, contando com mais de 2.200 respondentes, entre pessoas autistas e seus familiares.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos:
No entanto, iniciativas como o Mapa Autismo Brasil (MAB) estão ajudando a reunir dados fundamentais para melhorar o suporte à comunidade autista no país.
O aumento nos diagnósticos de autismo no Brasil reflete uma melhor compreensão do transtorno e uma maior busca por avaliação especializada. No entanto, ainda há muito a avançar, especialmente no acesso ao tratamento e na formulação de políticas inclusivas.
A discussão sobre o TEA precisa continuar crescendo para que o Brasil possa oferecer uma rede de apoio mais estruturada para pessoas autistas e suas famílias.
Referências
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