Compreendendo o "Flapping" no Autismo e Estratégias para Amenizar Estereotipias

O autismo é um transtorno neurológico que se manifesta de maneiras diversas, e uma das características visíveis em muitas pessoas no espectro é o comportamento chamado de "flapping" ou movimentos repetitivos das mãos.

Essas ações, conhecidas como estereotipias, podem variar de pessoa para pessoa e, embora possam ser desafiadoras para entender, são uma parte importante da experiência do autismo. Neste texto, exploraremos o que é o "flapping", por que acontece e ofereceremos estratégias para amenizar as estereotipias no autismo.

Entendendo o "Flapping" no Autismo: O termo "flapping" se refere a movimentos repetitivos, muitas vezes rítmicos, das mãos ou dos braços.

Esses movimentos podem envolver bater ou agitar as mãos, balançar os braços ou até mesmo torcer os dedos.

O "flapping" pode ser observado em diferentes contextos, como quando a pessoa está animada, ansiosa, sobrecarregada sensorial ou simplesmente envolvida em seu próprio mundo interior.

Embora o "flapping" possa parecer incomum para quem não está familiarizado com o autismo, é importante lembrar que é uma forma de expressão e autorregulação para muitas pessoas no espectro.

Essas ações podem servir a várias funções, incluindo a liberação de energia excessiva, a expressão de emoções e a autossensação.

Porque o "Flapping" Acontece: As estereotipias, como o "flapping", podem ser uma forma de lidar com os desafios sensoriais e emocionais que muitas pessoas com autismo enfrentam.

Elas podem ajudar a pessoa a se autorregular, proporcionando uma sensação reconfortante ou aliviando o estresse. Além disso, o "flapping" também pode ser uma maneira de expressar excitação, alegria ou ansiedade.

É importante entender que o "flapping" não é necessariamente prejudicial ou prejudicial. Para muitas pessoas no espectro, essas ações são uma parte natural de quem são e não devem ser suprimidas de maneira automática.

Amenizando Estereotipias no Autismo: Embora as estereotipias, incluindo o "flapping", não precisem ser eliminadas, algumas estratégias podem ser úteis para auxiliar a pessoa com autismo a gerenciar esses comportamentos de maneira mais confortável ou alternativa. Aqui estão algumas sugestões:

Alternativas para reduzir as estereotipias

  1. Oferecer Outlets Sensoriais: Proporcionar alternativas sensoriais pode ajudar a pessoa a canalizar a energia e as sensações que normalmente acompanham o "flapping". Brinquedos sensoriais, bolas de estresse e objetos para manipulação podem ser úteis.
  2. Introduzir Estímulos Alternativos: Ofereça estímulos táteis, visuais ou auditivos alternativos que possam capturar a atenção da pessoa e atender às suas necessidades sensoriais. Isso pode incluir dispositivos de rotação, brinquedos que emitem luz ou sons relaxantes.
  3. Identificar Gatilhos: Observe os momentos em que o "flapping" ocorre com mais frequência. Identificar os gatilhos pode ajudar a entender as situações em que a pessoa pode precisar de mais apoio ou alternativas.
  4. Estimular a Comunicação: Ofereça maneiras alternativas de comunicação para que a pessoa possa expressar suas emoções e necessidades de maneira mais eficaz. Isso pode incluir o uso de dispositivos de comunicação assistiva, linguagem de sinais ou comunicação visual.
  5. Criar um Ambiente Calmo: Ofereça um ambiente tranquilo e confortável onde a pessoa possa se sentir segura e relaxada. Isso pode ajudar a reduzir o estresse que pode levar a estereotipias.
  6. Incorporar Rotinas e Previsibilidade: Muitas pessoas com autismo se beneficiam de rotinas previsíveis. Fornecer estrutura e antecipação pode ajudar a reduzir a ansiedade e a necessidade de recorrer a estereotipias.
  7. Promover Atividades de Interesse: Incentive a pessoa a se envolver em atividades que sejam altamente interessantes e envolventes. Isso pode ajudar a desviar a atenção das estereotipias.
  8. Usar Estratégias de Redução de Estresse: Ensine estratégias de relaxamento, como técnicas de respiração profunda, para ajudar a pessoa a lidar com situações estressantes de maneira mais eficaz.
  9. Respeitar a Autonomia: Lembre-se de que as estereotipias fazem parte da experiência da pessoa com autismo. Respeite sua autonomia e permita que ela use as estereotipias conforme necessário, desde que não causem danos a ela ou a outros.

Lembrando que cada pessoa com autismo é única, é fundamental trabalhar em colaboração com a pessoa, seus familiares e profissionais de saúde para desenvolver estratégias que respeitem suas necessidades individuais e ajudem a lidar com estereotipias de maneira sensível e eficaz.

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