O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio neurodesenvolvimento que se manifesta de maneira única em cada indivíduo.
Entre os comportamentos característicos desse transtorno, o "flapping" é uma das expressões mais notáveis e distintivas.
Esse comportamento, que envolve movimentos repetitivos das mãos, punhos ou braços, tem sido objeto de estudo e debate em relação às suas funções e significados no contexto do autismo.
Neste texto, exploraremos as diversas funções do flapping no autismo, analisando como ele desempenha papéis importantes na vida das pessoas com TEA e como a compreensão dessas funções é fundamental para uma abordagem mais empática e inclusiva.
Uma das funções mais significativas do flapping no autismo é a autorregulação sensorial e emocional. Muitas pessoas com TEA têm diferenças na forma como processam estímulos sensoriais. Alguns são hiperreativos a certos estímulos, enquanto outros são hiporreativos. O flapping pode servir como uma estratégia de autorregulação para lidar com essas diferenças sensoriais.
Além disso, o flapping pode ser uma estratégia de autorregulação emocional. Quando uma pessoa com autismo experimenta emoções intensas, como ansiedade, excitação ou frustração, o ato de balançar as mãos ou os braços pode ajudar a liberar essa tensão emocional. É uma maneira de expressar emoções quando a comunicação verbal pode ser desafiadora.
Para algumas pessoas com autismo, o flapping funciona como uma forma de comunicação não verbal. Embora o flapping em si possa não ser facilmente compreendido por observadores externos, ele pode ter significados claros para a pessoa que o está executando e para aqueles que conhecem o indivíduo de perto.
Para muitas pessoas com autismo, o flapping desempenha um papel fundamental na redução do estresse e da ansiedade. Quando enfrentam situações desafiadoras ou desconhecidas, o flapping pode servir como uma estratégia de enfrentamento.
Respeitar o flapping como um comportamento autêntico é essencial para promover a autonomia e a dignidade das pessoas com autismo. Negar ou suprimir o flapping pode ser prejudicial e alienante. A aceitação do autismo como parte da diversidade humana é fundamental para a construção de uma sociedade inclusiva e respeitosa.
O flapping no autismo é um comportamento complexo que desempenha funções multifacetadas na vida das pessoas com TEA.
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